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Como prevenir o câncer de mama com a nutrição?

O câncer de mama é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se 66.280 novos casos para este ano de 2021, ocupando a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no país. Entre os principais fatores de risco para desenvolver a doença, estão:

  • Histórico familiar de câncer de ovário e de mama em mulheres antes dos 50 anos, além de caso de câncer de mama em homem

  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2

  • Obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa

  • Sedentarismo

  • Consumo de bebida alcoólica

  • Exposição frequente a raio-x, tomografia, mamografia, etc

  • Não ter filhos ou engravidar após os 30 anos

  • Menopausa tardia

A relação da Nutrição com o Câncer de Mama passa pela alimentação e estilo de vida, especialmente no que diz respeito à prevenção da doença e a manutenção do peso corporal. De acordo com o INCA (2022), seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação equilibrada e prática de atividade física, reduz em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduz em 60% a mortalidade por essa doença. Além disso, as escolhas alimentares têm um impacto bastante significativo em relação à prevenção, já que alimentos com altos valores energéticos, ricos em gordura saturada e pobres em fibras podem contribuir para o ganho de peso. Sabe-se que o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular e, consequentemente, o risco de surgimento da doença.


Recomenda-se uma alimentação variada, rica em fibras especialmente vindas de alimentos in natura e minimamente processados, além de evitar o consumo de alimentos e bebidas ultraprocessadas, como por exemplo, os produtos prontos para consumir ou aquecer, como lasanhas, salgadinhos, biscoitos, alimentos do tipo fast-food e bebidas açucaradas. Esses alimentos têm elevadas quantidades de açúcar, gordura, sódio e calorias, que promovem o excesso de peso, fator que aumenta a chance de desenvolver a doença. A hidratação também deve fazer parte da orientação, uma vez que é essencial para o funcionamento do organismo e a eliminação das drogas usadas nos tratamentos.


A amamentação também é um importante fator de proteção. Estudos mostram que a mulher que amamenta seu bebê até os dois anos de idade ou mais, além de proteger seu filho contra o sobrepeso e obesidade infantil, se beneficia reduzindo o risco de desenvolver o câncer de mama.


Não esqueça de fazer os exames preventivos anualmente e, e casa, fazer o autoexame das mamas. É importante procurar o ginecologista ou mastologista se perceber qualquer alteração: caroço, pele avermelhada, bico do peito retraído ou saída de líquido.


Cuide-se!


Um abraço e até a próxima!


Suellen Marques

Nutricionista e Consultora de Amamentação


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